terça-feira, junho 12, 2012

Martín Chambi, na Galeria Adorna Corações.

ADORNA CORAÇÕES apresenta : MARTÍN CHAMBI

Exposição de 16 de Junho a 15 de Agosto de 2012
285 Rua Miguel Bombarda l10, Porto




“A magia de Chambi está impregnada na sua fotografia, é esta magia característica que o distingue de todos os fotógrafos com quem os críticos o tentam comparar, desde August Sander a Nadar, passando por Edward Weston, Ansel Adams, Irving Penn ou ainda Abraham Guillen. » 
Mário Vargas Llosa, Prémio Nobel da Literatura em 2010


MARTÍN CHAMBI É UM DOS GRANDES FOTÓGRAFOS DO SECULO XX.

Primeiro fotógrafo indígena latino-americano, Chambi foi em simultâneo antropólogo, fotógrafo em salões de arte, fotojornalista, testemunha e militante do nascimento do movimento em defesa das causas indígenas no seu país, documentalista apaixonado pela sua cultura, retratista e repórter de eventos sociais e culturais.


HOMENAGEM DA GALERIA VU, DA GALERIA ADORNA CORAÇÕES E DA JUAN MANUEL CASTRO PRIETO

A galeria VU, a galeria Adorna Corações e Juan Manuel Castro Prieto juntam-se para prestar homenagem ao célebre fotógrafo peruano, Martín Chambi (Coaza, 1891 – Cuzco, 1973). De 16 de junho a 15 agosto de 2012, a Galeria Adorna Corações apresenta uma exposição com uma seleção de 16 fotografias, realizada pelo neto do artista, Téo Allain Chambi e por Juan Manuel Castro Prieto, o primeiro a realizar as tiragens das fotografias de Martín Chambi a partir das placas originais de vidro.
A obra de Martín Chambi marcou uma viragem na maneira de ver e praticar a fotografia para Juan Manuel Castro Prieto, que descobriu o Peru em 1990 através das passadas de Chambi. É em homenagem a este mestre da fotografia do século XX, que este publica “Peru” (la Fabrica).




BIOGRAFIA

Em 1908, com apenas 17 anos, Chambi deixa a sua terra natal pela vila vizinha, Arequipa, onde teve dois encontros fundamentais: a fotografia e a sua mulher.

Começa como Fotógrafo Assistente, durante 9 anos, no prestigiado estúdio de fotografia de Max T. Vargas (grande premio Daguerre-Níepce em 1911), mestre de toda uma geração de jovens fotógrafos peruanos. Chambi trabalha, especialmente, o retrato artístico em estúdio com câmara de grande formato, experimenta o claro-escuro, inicia-se na técnica: óptica das objetivas, retoque sobre as tiragens, revelação de negativos e positivos, técnica de câmara de grande formato e em particular de modelos em placas de vidro... tudo lhe interessa. Durante este mesmo período, ele afina a perceção da luz natural ao trabalhar no exterior fotografias de casamentos, batizados e reuniões de família.

É Max T. Vargas, que lhe transmite as suas primeiras influências estéticas e a técnica no seu trabalho. Em Arequipa, frequenta a alta sociedade, junta-se a outros artistas, a esposa tem os seus 4 filhos e ele desenvolve o seu estilo tão particular que se afirmará mais tarde em Cuzco, onde se instala a partir de 1920. É na capital Inca, prestigiada cidade em pleno desenvolvimento e efervescência cultural, que depois de um início difícil (pela concorrência) a sua fama de fotógrafo se impõem em relação a outros fotógrafos na esfera da alta sociedade, formando a sua clientela. Em 1924, cria o seu estúdio-galeria no número 67 da rua Marqués, que viria a ser o mais reputado de Cuzco.


A habilidade técnica de Chambi, a sua mestria pelos retratos de aspeto tão natural, o seu talento para a sedução e a sua notoriedade aumentaram. Ele não hesita a deixar o seu estúdio para trabalhar por encomenda: fotografia em fábricas, quintas, famílias, eventos... Mostra uma predileção por reuniões mundanas, eventos sensacionalistas, e colabora mesmo com vários jornais.


Entre 1920 e 1950, período de intensa atividade, Chambi decide partir para fotografar os Andes, à procura de assuntos representativos da sua identidade cultural. Assim, ele imortaliza a simplicidade e espontaneidade dos autóctones, nas suas celebrações, costumes, e também as suas paisagens marcadas pela arqueologia secreta dos Incas.

Martín Chambi tem origens indígenas e, embora tenha influências da cidade que o induzem a ter um comportamento ocidental, ele é sensível às demonstrações ancestrais, aos rituais e festas dos autóctones e à diversidade da realidade do Peru. Ele parte por longas temporadas, para ver mundos fascinantes, complexos e inéditos. Faz então milhares de fotografias a que o próprio denomina de “Fotos de Difusão” que podemos encontrar sobre forma de postais em várias exposições.
(Texto de divulgação da exposição)




EXPOSIÇÕES (Seleção)

2012 Galeria VU’, Paris, França 
2010 Martin Chambi O Poeta da luz – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil 
2006 Fundación Telefónica, Madrid, Espanha 2005 Sala EFTI – Escola de Fotografia, Centro de Imagem, Madrid, Espanha 
2001 Museu de Navarre, Pamplona, Espanha Museu de Arte Hispano-Americana “Issac Fernández Blanco”, Buenos Aires, Argentina Instituto Cervantes, Paris Escola de fotografia EFTI, Madrid, Espanha Sala das exposições da Fundação Telefónica, Lima, Peru 
2000 Sala da Exposições Temporárias de Editora, Peru, Lima 
1999 The Godwin-Ternbach Museum, Nova Iorque 
1998 Palácio Santa Croce, Instituto Italo- Latino-Americano, Roma Faculdade de comunicação, Universidade do Piura, Peru 
1997 Sala Capitular da corte Mably, Bordéus Fundação Guayasamin, Quito, Peru Museu d’Arte e Historia, Cholet, França 
1995 Museu Nacional de Belas Artes, Santiago do Chile Casa da Fotografia Fuji, São Paulo 
1994 Casa Cabrera, Cuzco Conselho Municipal de Montevideo, Urugai Museu da Fotografia da Finlândia, Helsínquia 
1993 Centro Internacional da fotografia, Palais de Tokyo, Paris
1992 Deux grands noms de la Photographie latino-americain: Martín Chambi y Sebastião Salgado, XIXème festival internacional cervantin , Biblioteca do México, Museu de etnografia de Roterdão, Holanda 
1991 Universidade de Salamanca, Espanha
Espaço das Arenas, Arles, France Centenário de Martín Chambi, Museu da Nação, Lima 
1990 Circulo das Belas Artes, Madrid, Espanha Museu de Santa Cruz, Toledo, Espanha






EDIÇÕES





2011 Martín Chambi, Castro Prieto, Lunwerg editores, Madrid 
2002 Martín Chambi, coll. Photo Poche, ediçõe Nathan 
1992 Martín Chambi. Fotografo, José Carlos Huayhuaca, Edições IFEA, Lima 
1990 Martín Chambi, 
1920-1950, Publio Lopez Mondéjar e Mario Vargas Llosa, Lunwerg editores, Madrid 
1989 Martín Chambi de Coaza al MoMa, Fernando Castro, Centro de estudos e pesquisa fotográfica, Jaime Campodonico Editor, Lima 
1985 Martín Chambi, Fotografias del Perù, Sara Facio e José de la Riva Aguero, Edições La Azotea, Buenos Aires.

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