segunda-feira, março 11, 2013
Exposição Rita Barros
Inauguração da Exposição de Rita Barros - Displacement2
Sexta-feira, 15 de Março, das 18H às 21H.
Loja da Atalaia Av. Infante D. Henrique, Armazém B, Loja 1 Cais da Pedra a S. Apolónia 1950 - 376 Lisboa
quarta-feira, outubro 31, 2012
A Fotografia nos Açores (dos primórdios ao terceiro quartel do século XX)
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Carlos Enes,
Fotografia
sábado, setembro 29, 2012
Exposição de fotografia "Blue Mud Swamp", de Filipe Casaca.
A Galeria Pente 10 – Fotografia Contemporânea inaugura no dia 2 de Outubro, terça-feira, às 19h00, a exposição “Blue Mud Swamp” de Filipe Casaca. Será lançado o livro Blue Mud Swamp, edição conjunta entre o autor e a galeria Pente 10.
A exposição consiste numa série de 20 fotografias a cores, realizadas em Dalian, China, em 2011, com o apoio de uma Bolsa de Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian.
Dalian encontra-se entre as melhores cidades para se viver na China”, o que a eleva a um patamar promissor. A costa quente e húmida é um postal que atrai e convida o Homem a fixar-se onde a terra encontra o Mar Amarelo. A realidade é, no entanto, dissonante. Apesar estar rodeada de belezas naturais, de praias e de lugares destinados ao entretenimento, a cidade transmite no seu conjunto uma sensação de artificialidade, para o qual contribuiu a construção desenfreada de infra-estruturas associadas a um estilo de vida cosmopolita. Em alguns casos a abundância gerou uma certa degradação e abandono. Com um esplendor que nos remete para um passado recente, paira aqui uma certa melancolia, como acontece em tudo o que era novo, colorido e perfeito, mas que não foi cuidado, perecendo com o passar do tempo.
“Que memória tenho desta cidade? A fluidez do mar; a inconstância ao longo da orla marítima; a vivência dos seus estímulos aparentemente ʻsublimesʼ, que aqui atraem a presença do Homem; a de ser um ʻparaíso artificialʼ. Ali, observei comportamentos e símbolos que me levaram a uma reflexão pessoal sobre os seus significados.”, Filipe Casaca
Filipe Casaca nasceu em Lisboa, em 1983. Frequentou a Faculdade de Belas Artes em Artes Plásticas - Escultura e o Instituto Português de Fotografia. Em 2008 expôs na galeria P4 a série “Telegrama”. No mesmo ano desenvolveu “Habitats” em parceria com José Ribeiro, doente e artista do Hospital Júlio de Matos, que integrou uma exposição colectiva no Pavilhão 28 (P28). Em 2009 foi seleccionado para os Encontros de Imagem de Braga. Em 2010 expôs na K-Galeria “a minha casa é onde estás”. Em 2011 expôs na galeria Pente 10 a série “a minha casa é onde estás”, em simultâneo com o lançamento do livro do mesmo nome, edição do autor. Frequentou a residência artística - Artist in Residence Yamanashi (AIRY), no Japão. Obteve o apoio de uma Bolsa de Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian. Filipe Casaca está representado em várias colecções públicas e privadas, como BES ART – Colecção Banco Espírito Santo e no Kiyosato Museum of Photographic Arts (KMoPa), no Japão.
Filipe Casaca “Blue Mud Swamp” Pente 10
Travessa da Fábrica dos Pentes, 10 (ao Jardim das Amoreiras)
1250-106 Lisboa catarina@pente10.com
www.pente10.com
Tel. 91 885 15 79
Inauguração terça-feira, 2 de Outubro, às 19H00.
A exposição estará patente até 22 de Dezembro de 2012
Horário: 3a a Sábado, 15H00 às 19H00
Metro: Rato
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segunda-feira, setembro 17, 2012
The History of 20th Century European Photography
Apresentação do projecto editorial
Conversa com Michaela Bosakova (Fotofo de Bratislava) e Emília Tavares
Lançamento do 1º volume de 1900-1938
(inclui ensaio sobre Portugal)
3ª feira | 18 Setembro | 18h |Auditório FBAUL
Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
Largo da Academia Nacional de Belas-Artes
1249-058 Lisboa
Largo da Academia Nacional de Belas-Artes
1249-058 Lisboa
sexta-feira, setembro 14, 2012
sábado, agosto 25, 2012
Fotografias de António Barreto na revista Egoísta
Revista Egoísta, edição de Junho de 2012
Deserto do Sara, Argélia 1973
Imagens Perdidas
Fotografias de António Barreto
Selecção e organização de Ângela Camila Castelo-Branco
Há propostas de
trabalho que nos atraem, mas inquietam. Patrícia Reis, na sua persistente
vontade de surpreender, resolveu quebrar os preceitos habituais de formato de
publicação da revista Egoísta, decidindo que a edição de Junho de 2012 seria
redonda como a Terra. No seguimento da apresentação de um outro portefólio de
fotografias de António Barreto, realizado para a revista anual da Fundação
Eugénio de Almeida (América’78 - Kodachromes de António Barreto), a editora
desafiou o fotógrafo a contribuir com um conjunto de 12 imagens para o número
49 da Egoísta, sob o tema “Noite”.
Se o tema, dado a
múltiplas interpretações, permitia fazer correr livremente a imaginação, já o
formato da publicação desestruturava, a priori, toda a lógica de concepção e
enquadramento concebido no acto fotográfico. A fotografia, enquanto resultado de um espaço figurativo
perspectivado pelo fotógrafo, obedece também a uma organização que é limitada
pelo plano focal do aparelho. Captamos imagens através de visores de vários
formatos: rectangulares, quadrados ou redondos. Na ausência de manipulação,
seja por distorção, sobreposição de negativos, montagem, ou intervenção do
Photoshop, o resultado final é
sempre confinado a dois formatos: quadrado e rectângulo; redondo é que nunca,
se exceptuarmos os primeiros rolos da Kodak ou as fotografias obtidas a partir
das câmaras Pinhole.
Apesar de ter presente
que o olhar do fotógrafo constitui o essencial do acto fotográfico, seleccionar
e organizar um conjunto coeso, que obedecesse ao critério atrás descrito,
proporcionou discussão e obrigou a uma reinterpretação das imagens. Uma tarefa
trabalhosa e entusiasmante, tanto mais que António Barreto participou e teve
sempre voz activa na decisão da escolha final.
O presente conjunto de
fotografias respeita uma narrativa evolutiva em diversos momentos e situações
da actividade humana. Nem sempre aquela mudança resulta no desaparecimento de
uma actividade, mas quase sempre evidencia a transformação ou adaptação da
mesma a uma outra realidade. O fotógrafo mostra-nos a agricultura, o comércio,
o trabalho, o pão que nos chega à mesa e o lazer. Em especial a terra da qual tudo podemos esperar: a aridez oxidada dos desertos, a passividade com que é
rasgada e preparada para receber as sementes, a generosidade com que nos recompensa
nas colheitas.
As 12 fotografias aqui
intencionalmente geminadas, procuram mostrar “Imagens Perdidas”. São fragmentos de
vidas e rotinas dispersas no tempo, intemporais portanto mas, apesar de tudo,
imagens que se sentem à vontade no presente. Assim, o homem montado num jumento
que transporta algumas folhas de palma, segue o seu caminho pelas areias do
deserto, indiferente à estrada de asfalto que o ladeia (M’zab, Argélia 1973).
Por ventura, a sua resistência ultrapassa a das modernas viaturas, cujas carcaças
sucumbem à areia dos desertos, como o testemunha o esqueleto de um
“carocha” no deserto do Sara, fotografia do mesmo ano na Argélia. Ainda no
norte de África, e daí para o sul da Europa, apenas dois anos separam a
fotografia do costureiro “berbere”, que ganha a vida com uma máquina de costura
em Beni Esguen, da fotografia em Lisboa, onde conversam à janela de um primeiro
andar do número 141 da Rua Augusta os alfaiates da Eugénio de Moraes, Lda.
Das vindimas no Douro ao casal que semeia na Beira Litoral, a agricultura sempre presente, imagens
marcantes de um país que contudo, ainda hoje importa quase metade dos produtos alimentares
que consome. Com o olhar fixo na câmara de António Barreto, o vendedor de
alhos, de Ponta Delgada, é observado com espanto por um rapaz
descalço que calcorreia a calçada negra da cidade com a mesma vivacidade com que
os meninos em Argel se apressam a levar o pão para a mesa que os espera. Em
Angra do Heroísmo, ao olharmos com uma certa nostalgia a fachada do Café
Atlântico, distribuidor de espumantes e vinhos das Caves Monte Crasto,
esquecemos que os líquidos que a boca pede são fruto de trabalho árduo
suportado por homens que, até ao fim do ciclo da vindima, podaram, enxertaram,
cavaram, colheram e transportaram às costas os cestos carregados com 60 quilos
de uva.
Trinta a quarenta anos
nos separam destas fotografias que parecem fazer parte de uma realidade
longínqua. Mudaram os transportes, substitui-se a força braçal pelas máquinas,
intensificou-se a produção, alargaram-se fronteiras... Para melhor ou pior, em
continua batalha de criatividade, o engenho e a arte do homem transformaram a
natureza!
Ângela Camila Castelo-Branco
M'zab, Argélia 1973
Douro 1975 Beira Litoral, ca. 1975
Argel, Argélia 1973 Tourém, Trás-os-Montes 1982
Ponta Delgada, Açores ca. 1980 Angra do Heroísmo, Açores ca. 1980
Beni Isguen, Argélia 1973 Lisboa 1975
Grécia 1975 Budapeste, Hungria 1974
quarta-feira, agosto 22, 2012
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